sexta-feira, 30 de abril de 2010

Introdução - Saiba um pouco sobre as calopsitas


As calopsitas têm seu nome derivado de uma palavra alemã "kakatielje", que significa "pequena cacatua". O nome científico é Nymphicus hollandicus, que significa "Deusa da Nova Holanda", antigo nome da Austrália (entre 1700-1800).

Com sua beleza exótica destacada pela crista ereta, ornamenta o ambiente onde está. Torna-se ainda mais atraente por seu tamanho médio, de cerca de 30 cm, e grande diversidade de cores. Permite compor viveiros com diversidades de espécies, uma característica restrita à maioria das aves, aceitando com o seu temperamento pacífico também o convívio com pássaros menores. As qualidades vão além. Não incomoda a vizinhança por não ser barulhenta e pode nos trazer alegrias adicionais, aprendendo a falar e assobiar. É ainda fácil de criar, pois come pouco, reproduz-se com facilidade e não é destruidora, além de viver bastante, em média 20 anos.
A Calopsita é bonita, fácil de criar e muito calma. Se acostumada desde filhote, aprende a comer na mão e a assobiar. Muitas gracinhas e surpresas ela pode lhe oferecer. Deve tomar sol de manhã.
Resumo: linda e majestosa, sua beleza encanta os lares. A Calopsita mais parece com um ornamento para sua casa, de tão bela que é. É bonita, calma, fácil de criar, vive bastante e come pouco.

Origem e Natureza

Originária da Austrália é um Psitacídeo da família das Cacatuas. Na natureza alimenta-se de sementes, além de frutos e insetos. Diferentemente dos outros Psitacídeos que preferem o topo das árvores, costuma alimentar-se no chão.
Em 1838, John Gould, ornitólogo inglês, autor bem sucedido de livros sobre história natural, enfocando principalmente aves, visitou a Austrália objetivando conhecer sua fauna, até então pouco conhecida e realizar ilustrações de aves. Foi a partir de seu retorno em 1840, através dos livros e ilustrações divulgadas, que o público teve sua atenção chamada para a beleza das aves daquele continente, especialmente a Calopsita. Ainda é creditado a esse pesquisador o fato de ter sido a primeira pessoa a levar Calopsitas para fora da Austrália, contribuindo decisivamente para divulgação da espécie.
Por volta de 1884, a Calopsita já se encontrava bem estabelecida nos aviários europeus. Entretanto, a disseminação maciça dessa ave somente ocorreu a partir do surgimento da primeira mutação de cor, o arlequim, pouco antes de 1950. A partir daí, outros padrões de cores foram sendo fixados, ganhando então a Calopsita enorme popularidade, igualando-se, praticamente, àquela do periquito australiano.
Descrita cientificamente pela primeira vez em 1792, a Calopsita começou a fazer parte dos aviários europeus apenas em 1884 e teve maior expansão a partir de 1949 com o surgimento da primeira mutação, a Arlequim, na Califórnia.

Características, comportamentos e comentários sobre as Calopsitas

Por ser muito fácil de criar é recomendada para iniciantes e para quem quer ter pouco trabalho. É resistente a doenças. São aves fortes, que raramente adoecem. Com tanta saúde, a Calopsita vive muito e comumente morre de velhice.
Outra facilidade dessa ave é a procriação. Por ser criada há muito tempo em cativeiro, a Calopsita já está predisposta a reproduzir fora do ambiente natural sem grandes exigências. Não que a Calopsita dispense todas e quaisquer exigências para acasalar e botar ovos, mas as poucas de que precisa, além de serem simples, já são conhecidas, eficientes e estão divulgadas em literatura.
São pássaros médios que requerem muito tempo e muita atenção, mas isso não significa que você se desfaça dele para adquirir outro pássaro. Você realça sua família com esse pássaro. A Calopsita geralmente mede 30 cm de comprimento e podem viver bons vinte anos, se for bem cuidada, com dieta balanceada e atividades. Sua dieta consiste de sementes, frutas frescas e muita água fresca. Não é inconveniente, é um pássaro reacionário.
São ótimos pássaros e podem ser deixados sozinhos por curtos períodos de tempo. Uma coisa sobre elas é que, como todos os pássaros, elas podem lhe bicar.

Comportamento

Temperamento: calma e pacífica, se acostumada a comer na mão desde pequena, pode aprender a assoviar. É adaptável com aves de outras espécies.
Têm a capacidade de aprender a falar e assobiar, desde que sejam treinadas desde filhotes. Alguns especialistas dizem que elas podem apenas ou falar ou assobiar e outros especialistas dizem que elas apenas podem assobiar, não conseguindo falar. Mas isso varia de exemplar para exemplar. Algumas pessoas usam fitas cassetes, CDs e programas de computador para ensiná-las a falar.
“Ensinando a falar e assobiar: se você alimentar na mão desde filhote, criar sozinho e exercitar diariamente as falas e os assobios, poderá se surpreender com a graça da Calopsita.”
Extremamente pacífica e dócil, seja com outras aves ou mesmo com seres humanos. Ela não é nada agressiva e se o viveiro não for muito pequeno, convive bem inclusive com aves menores. Mesmo sendo maior que os outros habitantes de um viveiro, a Calopsita não tenta dominar o local, afugentando as outras aves dos poleiros ou ninhos. Permite compor viveiros com diversidade de espécies, em especial pássaros de menor porte, como o periquito australiano e o diamante-gold.
Com pessoas, a relação também é amigável e participativa. É um bicho de estimação para toda a família. Elas se apegam às pessoas da casa e normalmente quando as vêem assobiam e se aproximam das grades da gaiola para as observarem de perto e acompanharem atentamente suas atividades.
É um dos pássaros perfeitos para quem quer uma relação mais íntima com uma ave. São divertidos e leais ao bando, do qual o dono passa a fazer parte.
A única recomendação sobre o convívio com seres humanos é em relação a crianças pequenas e pouco acostumadas a lidar com aves. É preciso orientá-las para evitar que machuquem as s caso as peguem na mão e também para que não as estressem com atitudes bruscas, como bater no viveiro ou gritar muito alto. Atitudes como essas deixam as aves apavoradas e desconfiadas com pessoas.
Adoram assobiar – especialmente os machos. Quando se assobia para uma, ela normalmente responde e inicia uma simpática “conversação”. Aprendem até a assobiar músicas. Ainda que não seja o forte da espécie, a Calopsita pode aprender a falar. Com muito treinamento é possível que emita pelo menos algumas palavras.
O estilo dócil e interativo permite que ela tenha um convívio extremamente próximo aos donos. Se acostumada desde pequena ao contato com o homem, ela aceita ser pega na mão e ficar no ombro. Ainda que muitos criadores não recomendem criar a Calopsita solta, pois temem que seja pisada por alguém ou atacada por algum outro bicho, há muita gente que opta por isso, pelo menos por um tempo.
Ativa e brincalhona parece mesmo ser uma ave feliz. Estão sempre brincando, pulando de um poleiro para outro, subindo na grade ou divertindo-se na banheira. É muito gratificante ter Calopsitas, elas estão sempre em movimento, alegrando o ambiente. Mas, mesmo sendo adepta de muitas brincadeiras, as Calopsitas não costumam ser destrutivas. Diferente de alguns Psitacídeos que roem os poleiros e os brinquedos, a Calopsita não é de estragar os objetos que usa.
São aves monogâmicas, que devem ser criadas aos pares.
Para identificar o sexo da sua Calopsita você deve apalpar a região anal. Se houver espaçamento entre os ossos ela é fêmea, pois esse espaço é necessário para por os ovos, e se não tiver espaço entre os ossos é macho. Não é preciso ter medo de apalpar a Calopsita por que isso não a machucará. Caso você tenha medo de machucá-la é melhor levar para alguém especializado, leve-a de preferência na loja que você a comprou.

Comentários

A Calopsita é uma das aves mais criadas no mundo, é a menor da família das cacatuas. É muito inteligente e se for criada na mão se torna muito dócil, aprendendo a assobiar músicas. O macho, apesar de não ser comum, pode aprender até a falar. Nos EUA a maiorias das Calopsitas vendidas são mansas, ou seja, criadas na mão para se tornarem verdadeiras mascotes, indicado inclusive para crianças por se tornarem muito dóceis. Essa é uma ave ideal para se ter como animal de estimação.
Devemos manter sempre as penas da ponta de uma das asas cortadas para evitar que com um barulho ou movimento brusco ela assuste e voe para longe, para isso basta cortar as penas na metade do comprimento, isso não dói é como cortar nossos cabelos, verifique sempre se cresceu alguma pena nova quando isso acontecer corte novamente.
A ave pelo simples fato de mudar de local já se estressa; pode-se colocar durante os 3 primeiros dias, misturado na água, açúcar de uva (dextrose), caso ela fique muito parada, quieta e/ou tremendo muito.
Quanto mais solta, mais mansa ira ficar a sua calopsita, porem ela deve ter uma gaiola, com fácil acesso para poder dormir, comer e etc. Ficar muitas horas soltas (no começo) pode causar stress na ave, procure nos primeiros dias solta-la por 10 minutos e ir aumentando esse tempo gradualmente.
Mantenha uma rotina com a ave, assim alem de se acostumar mais rápido ao ambiente, ela saberá a hora de sair da gaiola, de comer, de dormir e etc.
Respeite o horário do sono (eles dormem a partir das 18h30/19h00) colocando-a num ambiente tranquilo e sem luz acesa. Pode-se cobrir a gaiola com um pano. Evite deixar a gaiola em locais barulhentos e com correntes de ar, elas podem ficar estressadas e doentes.

Cuidados gerais com Calopsitas mansas

Quando você adquirir uma Calopsita mansa lembre-se que você deve manuseá-la com carinho, pois ela deve sentir prazer em ser manuseada, caso contrário ela pode se tornar arisca e relutar em ficar na sua mão.
Nos primeiros dias na nova casa, pegue várias vezes por dia por um período não maior que 15 minutos cada vez, para não estressá-la. É normal que ela relute um pouco em ficar na sua mão. Caso ela pule da mão não corra atrás dela - tente pegá-la com delicadeza, dessa forma você mostrará que é um amigo e não um agressor. Em pouco tempo ela estará bem a vontade com você e não tentará mais pular da sua mão.
Lembre-se que interagir com ela é muito importante, pois as Calopsitas são aves sociais e necessitam de companhia - como foram criadas na mão desde bem pequenas elas nos consideram como sendo da sua própria espécie.
Apesar de ser mansa, ela deve ter uma gaiola para poder descansar, se alimentar etc., além do que não é aconselhável deixá-la o tempo todo solta, principalmente sozinha.
Devemos colocar alguns brinquedos em sua gaiola para que ela se exercite e se distraia. Não se deve superalimentar as Calopsitas mansas, nem dar doces e outros alimentos principalmente os que contenham muita gordura, pois como elas não se exercitam voando, têm tendência a obesidade.
Devemos manter sempre as penas da ponta de uma das asas cortadas para evitar que com um barulho ou movimento brusco ela assuste e voe para longe. Basta cortar as penas na metade do comprimento, isso não dói e é como cortar nossos cabelos. Verifique sempre se cresceu alguma pena nova, quando isso acontecer corte novamente.

Determinação do Sexo

A maioria das Aves de Companhia, nomeadamente os Psitacídeos, não apresenta dimorfismo sexual, ou seja, o macho e a fêmea apresentam as mesmas características físicas e não nos é possível diferenciá-los.
As diferenças nas cores e padrões podem ajudar, mas nunca darão 100% de certeza. Outro meio é o exame do osso íleo, perto da cloaca. As fêmeas possuem um espaço maior entre eles para que possam colocar os ovos.
Um dos meios para determinar o sexo destes animais é a análise do DNA através de uma técnica molecular, denominada PCR (polimerase chain reaction).
O DNA encontra-se no núcleo das células e contém a informação genética e mapa cromossómico de cada espécie. No caso das aves os machos apresentam dois cromossomos sexuais iguais entre si, o que significa que são homozigóticos (ZZ) e as fêmeas são heterozigóticas (ZW).
Esta prova molecular requer uma quantidade mínima de ADN para avaliação, que pode ser obtido através de uma pequena amostra de sangue (o que a torna válida mesmo para pequenas espécies). É uma prova não invasiva e pouco traumática, não implica anestesia, pode ser realizada desde os primeiros dias de vida e sem riscos para a ave. É simples e rápida, com uma confiabilidade de cerca de 100%.

Observação: Uma empresa que faz este serviço é a Exon. Custa menos de 15 reais. Abaixo tem os dados da empresa:

EXON Biotecnologia
Rua Butantã, 461 2º andar - Pinheiros
São Paulo SP CEP 05424-140

Cores e Mutações






Atenção: Algumas mutações não existem aqui no Brasil. Abaixo estão as diversas mutações de calopsitas. As mais comuns são lutino, cinza silvestre, arlequim, canela, albino, pérola, cara branca.




Calopsita cinza silvestre

Cinza ou Normal (Normal Grey): Essa é variedade selvagem original, que se encontra na natureza, com o corpo cinza e a bordas das asas brancas. Os machos tem a crista e a cabeça amarela, a fêmea é cinza amarelado com a cabeça cinza. Ambos têm na cara manchas arredondadas na cor vermelha, sendo que as fêmeas tem o tom de vermelho mais suave. A cauda do macho é totalmente negra, já na fêmea intercala negro com amarelo na parte de baixo. Em ambos os sexos, os olhos são marrons e o bico cinza escuro, pernas e pés, cinza escuro.

A partir do padrão silvestre, surgiram muitas mutações que acabaram fixando alguns padrões de cores que destacaremos a seguir:

Calopsita Canela

Canela (Cinnamon): As aves são semelhantes ao padrão normal, com exceção da alteração na coloração da melanina, produzindo uma coloração marrom-claro (ou canela). Também as pernas e os olhos são de coloração mais clara. Os machos adultos são um pouco mais escuros que as fêmeas (em razão da maior presença de melanina). Algumas fêmeas podem ter mais amarelo na face do que os machos, além de apresentarem o barramento típico sob as asas da cauda.


Calopsita pérola

Pérola: Mutação que afeta as penas individualmente (há uma falta de melanina no centro de cada pena, individualmente), fazendo com que haja uma falta de coloração uniforme, resultando em penas com coloração em forma de concha. De modo geral, mostram as duas manchas laterais à cabeça, as faces são amarelas salpicadas de cinza, e a crista amarela riscada de cinza. As penas das costas exibem um padrão escamado, resultante da ausência de melanina no seu centro, podendo a cor desta parte das penas variar do branco ao amarelo. As penas das asas são cinza, com faixas amarelas. A cauda é amarela, e o peito e a barriga, listrados de amarelo e cinza. As fêmeas carregam o perolado nas costas, asas, nuca e cabeça, com uma concentração maior nas costas. Os machos adultos podem perder totalmente o perolado, principalmente na cabeça e na nuca.


Calopsita Lutino

Lutino: O mais popular e apreciado, são pássaros de cor dominante branca, com olhos vermelhos, pés rosados, crista amarela, bico marfim, cabeça amarelada com bochechas vermelhas. Nas asas e na cauda, também está presente o amarelo. Os exemplares podem apresentar desde um amarelo forte até um branco quase total no corpo. Neste padrão ocorre um defeito de origem genética, caracterizado pela existência de uma área sem penas localizada atrás da cabeça. Fêmea com estrias amarelas na face inferior da cauda e spots amarelos embaixo da asa.


Calopsita arlequim

Arlequim: Mutação que causa alteração ou disrupção da coloração normal em áreas randômicas. Esse padrão é muito variável e se apresenta em aves bastantes semelhantes ao normal, até aquelas com poucas áreas de cor cinza, predominando o amarelo claro e apenas algumas penas de coloração cinza. Nota-se que a cabeça exibe um amarelo forte, bochechas bem vermelhas e crista amarela. Idealmente, uma arlequim deve mostrar 75% de penas com ausência de melanina e 25% com presença de melanina. Um arlequim puro tem, idealmente, uma máscara limpa, sem manchas cinzas, uma cauda limpa e penas de vôo com cores balanceadamente iguais nas asas, com simetria perfeita. Existem 4 classificações reconhecidas de arlequim: Arlequim claro (ou light, com 75% ou mais de melanina), escuro (ou heavy, com apenas 25% de melanina), reverso (ou reverse, com manchas apenas nas penas de vôo, tendo o restante do corpo sem melanina) e limpo (ou clear, um pássaro totalmente amarelo ou branco; é também conhecido como lutino de olhos pretos).


Calopsita Cara branca

Cara branca (Whiteface): Essa mutação causa perda do pigmento psitacina (que confere tons amarelo e laranja), causando a falta da pigmentação laranja e amarela nas bochechas e no corpo. A fêmea tem o corpo cinza, bordas das asas brancas e face interior da cauda com estrias pretas e brancas não apresentando a bochecha, tornando a face inteiramente cinza. O macho segue um padrão parecido com o normal, porém com a face totalmente branca e as cores cinzas com um tom mais escuro, crista cinza e bordas das asas brancas.


Calopsita Fulvo

Fulvo (Fallow): Semelhante ao canela (também há mudança da coloração da melanina de preto para marrom), mas aqui também ocorre uma diminuição da densidade da melanina, fazendo com que pareçam um canela pálido. O amarelo é mais pronunciado (principalmente embaixo do corpo e crista), olhos são vermelhos e peito é de coloração mostarda ou creme. As fêmeas costumam ser mais bonitas que os machos, por apresentarem cores mais brilhantes. Os sexos são praticamente iguais, tornando-se mais difícil a identificação.


Calopsita albina

Albino (Whiteface Lutino): Ave inteiramente branca, com os olhos vermelhos e pés rosados, com ausência total de qualquer pigmentação (na realidade, resultam da combinacao de duas mutações: lutino e cara branca). As fêmeas são mais fáceis de ser encontradas, por ser um padrão com herança ligada ao sexo.


Calopsita cara amarela


Cara amarela (Yellowface ou Yellowcheek): São em tudo semelhantes aos demais padrões, diferindo apenas na cor das bochechas, que, ao invés de serem vermelhas, mostram-se amarelas. A principal diferença entre os sexos é o amarelo da bochecha, que é mais forte no macho. Há três formas dessa mutação (como ocorre com o padrão prata): a dominante simples-fator, a dominante duplo-fator e a recessiva.


Calopsita pastel

Pastel (Pastel face): Apesar de conferir a mesma coloração, o padrão Pastel não deve ser confundido com o cara amarela. Essa é uma mutação sutil, que promove um tom mais brando de todas as cores. Externamente é em tudo semelhante ao cara amarela, mas tem herança genética autossômica recessiva, o que facilita e acelera as combinações entre os padrões, principalmente com aqueles de herança ligada ao sexo. É dominante apenas para o padrão cara branca. Também aqui ocorre duas formas: fator-simples e fator-duplo.


Calopsita prata recessivo

Prata Recessivo & Prata (Silver): Há duas formas distintas. A chamada recessiva e a dominante. Prata Recessivo: Difere do padrão normal pelo fato de os olhos serem de cor vermelha e o cinza global do corpo ter passado à cor prateada, ocorrendo uma grande flutuação de tonalidades entre os indivíduos. As demais características de cor são as mesmas do padrão normal, inclusive quanto a identificação do macho e da fêmea.


Calopsita prata dominante

Prata Dominante: São aves que apresentam a cor cinza do padrão normal diluída, mostrando um tom pastel prateado. Os olhos e pernas são pretos, as pernas cinzas, mantendo o amarelo forte das faces e da crista e o vermelho das bochechas, com um prateado mais escuro na região do pescoço. A graduação do prateado varia de ave para ave, sendo a cor dos machos mais brilhante e intensa. A diferenciação entre os sexos pode ser feita do mesmo modo que o padrão normal. Nesta mutação, os genes produzem dois efeitos visuais diferentes, caso ocorram como fator simples ou duplo. Aves fator-duplo são mais claras que as fator-simples, parecendo lutinos, mas com um tom acinzentado; eles retém a marcação mais escura na cabeça, olhos e pés escuros.


Calopsita oliva

Oliva ou Esmeralda (Olive ou Spangle ou Emerald Green)
Se caracteriza, basicamente, por uma coloração canela-esverdeada, podendo variar de claro a escuro, e um padrão de marcação das penas muito característico (que as pessoas denominam padrão de lantejoulas, ou spangled no inglês).


Calopsita platinum

Platinum: Há uma confusão com relação a esse nome, uma vez que na América do Norte chamam de Platinum aves prata dominante. Essa mutação se caracteriza por uma coloração "cinza-fumaça" clara (como eles mesmos definem: smokey-grey), com asas e cauda cinza mais escuro. Bico, pés e pernas são bege-claro Os olhos são vermelhos ao nascer, mas escurecem logo em seguida.


Calopsitas mutações

Alimentação I

Calopsita comendo maçã

Costuma se alimentar de sementes, mas os frutos e insetos também estão no seu cardápio. Gosta mesmo é de se alimentar no chão e não no topo das árvores como as outras aves de sua espécie.
No cativeiro, a dieta da Calopsita simplifica a vida dos donos e criadores. É composta principalmente por ração e sementes, encontradas com facilidade nas lojas, e os complementos são comuns, como frutas e verduras.
Os grãos germinados de girassol, painço, aveia com casca, milho seco, trigo e arroz sem casca, pão duro, os integrais e os secos também devem ser dados.
Já a areia grossa e lavada e farinha de ostras ajudarão na digestão e serão excelentes fontes de cálcio. Ainda deve ser dado o carvão vegetal em pedaços ou moído, misturado com areia e com farinha de ostras. Os ossos de siba não devem ser esquecidos também.
Diariamente oferecer composto de 20% de alpiste, 50% de painço, 15% de arroz com casca, 10% de aveia e 5% de girassol. Uma, duas ou três vezes por semana, oferecer ração para cães, frutas (maçãs em pequenos pedaços), legumes em pedaços e verduras como couve, almeirão, espinafre, chicória, bem lavados. Em dias alternados, oferecer milho verde, mas se houver filhotinhos, passar a oferecer todos os dias.
Com relação às frutas, restringir a oferta de frutas muito ácidas ou doce/gordurosas demais (limão, laranja, manga, abacate). Retirar as sementes de frutas é interessante, pois algumas (como as de maçã ou pêra) podem ser tóxicas para a ave.
As verduras/legumes podem ser oferecidos crus e evitar a oferta excessiva de folhas escuras (excesso de ferro) e não oferecer alface (causa diarréia).
Grãos como o grão-de-bico, soja, lentilha e feijão podem ser oferecidos cozidos e sem tempero. A espiga de milho pode ser dada inteira, devendo somente ser escaldada antes em água quente.
Cuidado com o excesso de semente de girassol ou amendoim. São muito gordurosos (problemas no fígado e obesidade), além de possuírem um fungo (toxinas) que podem causar doença nas aves. Prefira castanhas como nozes, avelã, amêndoa ou castanha do Pará. O ideal é oferecê-las 2 vezes por semana.
Queijo branco, ração de cachorro, ovo cozido podem ser oferecidos de vez em quando, como alternativas de fontes protéicas. A pimenta dedo-de-moça é importante fonte de vitamina C. Rações comerciais (peletizadas/extrusadas), atualmente são boas opções. Suplementações vitamínicas não devem ser esquecidas.
Às vezes, dependendo do que foi oferecido as aves, as fezes saem com a coloração alterada.

Resumo

50% de painço;

Sementes de painço amarelo

20% de alpiste;


15% de arroz com casca;


10% de aveia com casca;

aveia descascada

5% de sementes de girassol;

sementes de girassol rajado

milho verde seco em dias alternados;


ração para cães 2 vezes por semana;

frutos (maçã, pêra, banana, menos abacate), legumes e verduras: 2 vezes por semana;




pão duro, seco e em pedaços de preferência o integral à vontade, torradas;



Barrinha de cereais para calopsitas


Comida sem fezes

Comida em contato com as fezes pode transmitir doenças. No casos dos pássaros, a mais comuns são as verminoses, as infecções bacterianas e a coccidiose (protozoário causador de diarréia e morte). Se um pássaro com doença transmissível ingerir as próprias fezes, fica reinfestado e a doença reinicia o ciclo, enfraquecendo-o mais. Para evitar fezes na comida, o comedouro nunca deve ser posto abaixo dos poleiros (frutas podem ser penduradas acima do poleiro mais alto). Para o pássaro não derrubar comida enquanto come (por exemplo, não deixar cair grãos ao selecionar os maiores), não encha demais o comedouro, retire restos como cascas sem sementes, que formam volume desnecessário, ou use comedouro com tampa vazada (só passa a cabeça). A bandeja com fezes deve ficar distante do piso de grade, para a ave não alcançá-la.

Instalação

Opção de gaiola para um casal – 1m X 0,4m X 0,5m (comprimento, largura e altura). Um ninho de madeira do lado de fora compondo uma caixa horizontal com 20 x 20 cm de frente, de preferência com uma entrada redonda e 35 cm de comprimento. Dois poleiros de diâmetros diferentes, variando de 1,5 a 2,5 cm, instalado em quarto ou galpão ventilado, mas sem correntes de ar. Localização protegida de ventos frios (sul) por paredes, quebra-ventos, cercas vivas etc. e de forma a receber o sol da manhã.
Já os viveiros devem ter de 3 x 1 x 2 m para 1 ou 2 casais e de 4 x 3 x 2 m para os filhotes. Podem ser de tijolos de barro rebocados, de alvenaria, de placas de cimento, de blocos de cimento revestidos de argamassa, com cobertura de telhas de cerâmica em 1/3 do viveiro, protegendo os comedouros e ninho, tela galvanizada de cerca de ½ polegada e fio 18. Piso de concreto com escoamento para água. Dois poleiros de madeira, vasilhas de barro ou louça e uma separada para tomar banho. A ventilação e o recebimento da luz do sol devem ser idênticas as das gaiolas.
Poleiros de plástico são preferidos à poleiros de madeira, pois elas podem roer a madeira e algum pedaço provocar perfurações no aparelho digestivo, mas isso não é muito comum.

  • Observação: Há uma gaiola própria para calopsita, chamada Capitólio, da Mônaco. Facilmente encontradas em pets grandes como Pet Center Marginal, Cobasi, etc. Abaixo tem uma imagem dela, podendo ficar aberta ou fechada:

Gaiola Calopsita Capitolio - Monaco

Banho

O banho é parte da atividade diária de muitas aves desde os pombos aos periquitos, claro se lhes permitirmos ter onde se banharem tem um papel grande em incentivar a atividade normal de limpeza. No entanto muito poucos pássaros apreciam fisicamente ser colocados na água do banho e serem lavados pelos seus donos. Estão habituados por instinto, no entanto a fazer a sua higiene pessoal onde têm possibilidade.
A quase totalidade dos periquitos que vivem nas nossas gaiolas nunca teve essa oportunidade exatamente por os locais onde se encontra a sua água não serem de molde a permitir que eles se mergulhem na mesma por completo. O primeiro passo será arranjar uma "banheira" adequada à ave e que incentive o seu banho regular. É mencionado que o banho torna as aves mais vulneráveis, isso é falso, as aves não devem isso sim estar diretamente sob o sol ou em zonas de correntes de ar. Um banho de água á temperatura ambiente é o melhor que elas podem desejar.
Não existem muitas "banheiras" disponíveis no nosso país, mas pode-se improvisar uma. Um prato pequeno, ligeiramente fundo com um espelho no fundo. Geralmente as aves fazem a inspeção do mesmo durante somente uns 3 dias antes de saltarem para dentro e começarem a fazer o seu banho diário. No inverno o banho pode continuar. Tão somente em conta que as aves na época frias NÃO devem estar colocadas em varandas ou em locais frios como foi referida.
Se a sua gaiola não tiver espaço suficiente para a "banheira" note que a jaula será demasiado pequena para as aves viverem confortavelmente. Com certeza não gostaria de passar a sua vida num espaço onde mal pudesse dar 4 ou 5 passos. Com as aves é o mesmo. Compre uma gaiola maior e se possível junte um ninho por uma questão de espaço adicional e proteção.
Pode ainda colocar um chuveiro, um grupo de folhas de alface ou espinafres bem encharcados onde a ave irá esfregar-se contente além de dar algumas bicadas. O gotejar constante é bastante agradável para as aves de pequeno porte.
Além de ser uma boa forma de satisfazer a ave contribui bastante para a sua higiene e limpeza e mesmo para a dos donos com problemas do foro respiratório, pois diminui a disseminação de poeiras.

Corte das Asas





A melhor opção para ensinar alguns truques ás aves é cortar-lhes as asas. Esse método de condicionamento permite em primeiro lugar maior segurança. Um outro motivo para isso é controlar na ave o instinto de voar, que é tão grande que supera muitas vezes o momento de alguns ensinamentos. Uma vez que a ave aprendeu a voar, é muito mais prazeroso e interessante para ela fazer isso do que atender a sua solicitação de subir no dedo ou ficar no ombro, por exemplo. Voar para ela vai ser a lição principal! Sendo assim, o corte das asas logo no início dos ensinamentos abranda este instinto. Quero salientar que esta é apenas uma necessidade inicial, após ter conseguido seus objetivos com a ave, nada impede que você deixe as asas crescerem para que ela voe normalmente.
Esta falta de percepção de vôo permite que a ave fique condicionada a lhe acompanhar em ambientes que dificilmente seria possível se ela percebesse a capacidade de voar.
Para impedir que o pássaro voe, é preciso cortar algumas penas de vôo. Essa medida permite que você lhe dê mais liberdade fora da gaiola, sem se preocupar o tempo todo com uma possível fuga. Outra vantagem é impedir que se choque contra uma parede ou janela, ou provoque algum acidente (como cair na água ou no fogo).
O corte das penas não causa dor, embora não gostem muito. Fica muito mais fácil cortar as asas se você tiver a ajuda de outra pessoa. Pegue a calopsita pelas costas, segurando firmemente, mas com cuidado, de modo que os pés fiquem para fora. Se ela tentar bicar, coloque o polegar em um lado e o dedo indicador do outro lado da cabeça, ou utilize uma luva de raspa de couro. Com cuidado, estenda uma asa e com uma tesoura corte as penas primárias de vôo (observe na figura abaixo a linha correta de corte), começando pela ponta da asa.
Corte aproximadamente a metade da pena, corte 7 ou 8 penas, de apenas uma das asas. Ao podar as asas, preste atenção nas novas penas que estão vindo: elas ainda tem uma cobertura primária (camada de queratina) e por isso são diferentes. Tome cuidado para não cortá-las, pois elas irão sangrar.
Caso isso aconteça, aperte a pena perto da pele com uma pinça e puxe-a. Com uma gaze, pressione o ferimento (o sangue pode gotejar), coloque um pouco de pó anti-hemorágico (pó de café também é usado) ou band-aid e mantenha o pássaro quieto por alguns minutos, para que ele não bata as asas e reabra o ferimento.

Controle a temperatura dentro de casa

Se possuir ar condicionado nunca coloque a sua ave junto ao local onde sai ar fresco. As aves têm alguma capacidade de se adaptar a variações suaves de temperatura, pelo que se as expuser a demasiado frio poderão adoecer. Programe o ar condicionado para uma temperatura ambiente normal e constante. Se não possui ar condicionado e a sua casa é muito quente no Verão, há um conjunto de ações a tomar:
  • Feche as cortinas e reposteiros em todas as divisões da casa mesmo àquelas onde a sua ave não se encontra;
  • Evite desenvolver atividades que produzam calor (cozinhar por ex.) nos períodos mais quentes do dia;
  • Ao cair da noite, quando começa a baixar a temperatura, abra as janelas para que surja uma leve corrente de ar que refresque a casa;
  • Retire a cobertura da gaiola da sua ave para que haja alguma ventilação;
  • Verifique várias vezes se a sua ave tem água fresca suficiente;
  • Afaste a gaiola das janelas ou de locais que possam ser atingidos diretamente pelo sol.

O que devo levar na viagem com minha calopsita?

  • Uma gaiola para manter a ave durante a estadia no local de destino.
  • Comida suficiente para a viagem (e mais se no destino não puder adquirir)
  • Água fresca para toda a viagem
  • Recipientes para a comida e água
  • Brinquedos habituais
  • Medicamentos recomendados pelo veterinário
  • Material para a higiene e cuidados do animal (cotonetes, corta-unhas especial para aves)
  • Estojo de primeiros socorros
E boa viagem!

Amansamento e Bicadas

Antes de tudo, as calopsitas bicam. É a forma que elas têm de conhecer e experimentar tudo ao seu alcance. Muitas vezes bica e utiliza a língua junto, para sentir o gosto. Outras vezes bicam levemente e repetidamente, em um ato de carinho. E, geralmente, antes de uma bicada mais forte, ela grita e avisa!
Calopsitas mansas raramente bicam com força e, no manuseio de calopsitas bravas, pode ser necessária uma luva, apesar do que não é das piores bicadas...
Se desde filhotes são alimentadas e manuseadas, se acostumam e ficam dóceis, chegando a pedir “cafuné”. Entretanto, quando se adquire uma mansa, pode levar algum tempo até ela se acostumar com o novo dono e o novo ambiente.
Com paciência, presença constante e falando com ela, aos poucos ela vai se acostumando, mesmo reclamando, que se pegue nela.
Uma técnica muito comum é sempre deixar o poleiro em nível mais baixo, de forma que se aproxime para manusear vindo de cima.
Com uma calopsita brava, após ela se acostumar ao dono sempre dando comida, é possível atraí-la para vir comer do lado de fora. Nessa hora, com a gaiola no chão, aproxime a mão por sobre ela, lentamente, até o momento em que ela se entregar. Pronto. A partir daí a interação só irá aumentar.
Não há uma regra que sempre funcione para o amansamento. O relacionamento entre o dono e a ave é muito sutil, mas definitivamente ela é assustadiça: evite berros, movimentos bruscos e demonstre sempre carinho.

Boa sorte!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Como Escolher uma Ave Saudável?

Para escolher uma ave saudável há alguns parâmetros a observar. Podemos destacar os seguintes:

  • A aparência da ave à distância; o ideal é aproveitar quando a ave ainda não se apercebeu da presença de um novo elemento no meio que a rodeia (as aves têm uma capacidade extraordinária para ocultar sintomas de doença);
  • Que posição toma a ave no poleiro: está alerta, observa com atenção tudo o que se passa em redor e são visíveis pernas e garras ou pelo contrário está parada com as penas enrufadas e apoia todo o corpo no poleiro;
  • A ave respira normalmente, ou seja, os movimentos respiratórios são imperceptíveis ou apresenta dificuldades (respira com o bico aberto ou todo o corpo acompanha os movimentos respiratórios);
  • Observar com atenção o local onde a ave vive: é uma jaula ou um poleiro (se se trata de este último verificar se está seguro através de uma anilha num dos membros inferiores e em que estado esta se encontra);
  • Que tipo de alimento tem na jaula: são biscoitos formulados para aves, uma dieta caseira composta por uma variedade grande de vegetais e frutos ou é uma dieta pobre, deficitária de apenas um elemento - sementes de girassol;
  • O tipo de dejeções que se encontra no fundo da jaula. Devem ser compostas por três porções: uma porção líquida (urina), uma porção sólida de cor variável entre o castanho e o verde (fezes) e uma porção branca (uratos);
  • Quando a proximidade permite, que tipo de comportamento tem o animal em resposta à nossa presença: interessado e procura de imediato relacionamento, curioso e retraído, assustado e afastando-se ligeiramente, ou totalmente em pânico gritando e em posição de defesa;
  • Observar cuidadosamente: o estado das penas (devem estar limpas, alinhadas, apresentando a coloração normal da espécie, não devem apresentar bandas negras horizontais, nem parecerem "mastigadas" ou mesmo arrancadas);
  • Os olhos devem estar brilhantes, sem secreções ou edemas; o bico deve encontrar-se liso e de tamanho normal e as narinas desobstruídas;
  • As asas devem ser iguais entre si e apoiadas no corpo acompanhando a silhueta da ave;
  • A cauda deve ter penas limpas de fezes ou alimento e acompanhar também a silhueta do animal;
  • As patas devem apresentar-se sem edemas ou inflamações (observar com especial cuidado as articulações), as escamas não devem estar levantadas ou demasiado sujas e as unhas devem apresentar um crescimento normal. Se for possível observar a zona que apoia no poleiro, esta deve ter uma pele lisa, sem quaisquer lesões ou edemas.

Guia de Saúde - Como saber se meu pássaro está doente?

Os pássaros selvagens possuem um interesse primário e vital: se proteger dos predadores. Uma doença ou lesão os torna alvos muito mais fáceis. Assim, no curso da evolução, as aves “aprenderam” a disfarçar suas doenças. Por esta razão, quando um pássaro mostra sinais da doença, eles já estão doentes a algum tempo. É importante, por isso, aprender a reconhecer os sinais precoces de problemas.
Muitos proprietários lamentam, às vezes, mortes súbitas de suas aves, e se perguntam o porquê. Mas quando questionados sobre sinais ou sintomas específicos, a maioria admite mudanças, ainda que não soubessem que isso poderia indicar um problema. Por isso, é vital conhecer os hábitos e comportamento de seu pássaro, para saber quando ele esta agindo diferente. Também é vital olhar diariamente as fezes, de modo a detectar variações na cor, quantidade e consistência.
Deve-se sempre observar:
  • Mudanças no comportamento: pássaros independentes se tornam mais carentes, ou pássaros amorosos se tornam retraídos, ou um pássaro normalmente brincalhão perde interesse por seus brinquedos. Pássaros se tornam encorujados (com aparência de estarem “inflados”, com as penas eriçadas), com asas caídas, desatentos, abatidos, sonolentos (olhos fechando constantemente), ficam no fundo da gaiola ou sentados no poleiro, postura baixa no poleiro (quase horizontal);
  • Mudanças no conteúdo fecal: excrementos normais, em um psitacídeo, são fezes verdes (maior parte: porção intestinal) com uratos branco ou creme seco e pastoso e urina incolor (parte renal), na quantidade de 25 a 50 por dia. Se as fezes se tornarem pretas, aquosas, ou de qualquer outra cor sem que haja mudança na alimentação, ou se elas diminuírem muito em quantidade, é um problema. Veja no item B.11 e E mais a respeito.
  • Mudanças na aparência e atitude: mudanças no apetite (perda ou aumento), maior ingestão de água, mudanças ou perda da voz, mudas prolongadas (com penas perdidas e não repostas), hábito de arrancar ou mastigar as penas (auto-mutilação). Cauda batendo (acompanhando a respiração), fraqueza, vacilos freqüentes da cabeça, olhos com aparência cansada, respiração ofegante e dificultosa ou mais forte que o normal, secreção ao redor das narinas ou olhos, barulhos ao respirar (chiados ou espirros), penas manchadas de marrom acima das narinas (sinal de nariz escorrendo), vômito, diarréia, cloaca suja, inchaços, desidratação, pés gelados;
  • Qualquer sinal de alteração no seu pássaro deve ser levado a sério, procurando-se um veterinário de aves rapidamente, pois as aves, após o desenvolvimento da doença, podem morrer rapidamente se não tiverem auxílio profissional.

Primeiros Socorros

Abaixo, problemas comuns e soluções caseiras para eles. No entanto, como será fácil notar, muitos casos recomendam ajuda veterinária, principalmente quando há qualquer sinal de doença.

Aumento no consumo de água

Água é essencial para qualquer ser vivo. As aves a absorvem das frutas, vegetais e da água que bebem. Um canário morre em um dia sem água. As calopsitas, em razão de seu habitat em terras secas da Austrália, conseguem ficar um pouco mais sem água, mas não é bom testar isso. As calopsitas bebem ao redor de uma colher de chá por dia. Mantenha sempre água limpa e fresca, todos os dias.
Estresse, tempo quente, aumento de atividade ou exercício físico, diarréia e certos medicamentos (como antibióticos) podem fazer com que sua ave beba mais água. Elas também bebem mais água quando estão alimentando filhotes. Mas um consumo excessivo de água pode indicar doenças graves, como diabetes, doenças do fígado e rim, infecções urinárias ou peritonite.
Se sua ave parece saudável, apesar de beber mais água, não se preocupe. Mas se há algum sinal de doença ou se você está realmente preocupado com a quantidade de água consumida, procure um veterinário.
As aves transpiram ao ofegar, causando perda de calor e água. Assim, se a ave está em um ambiente quente ou com incidência solar direta, isso acarretara aumento no consumo de água, em razão da perda excessiva.

Perda de apetite

Mudanças no apetite podem ser resultantes de estresse (causado por mudanças, como novos barulhos, nova gaiola, novos membros na família, nova comida) ou ambientes quentes. Se sua ave não se alimenta bem um dia ou outro, mas permanece alerta e ativa, isso não é motivo para preocupação.
No entanto, uma queda no apetite pode ser um indicador de problemas. É importante lembrar que as aves, principalmente as de menor porte, possuem um metabolismo muito rápido, e por isso se alimentam com muita freqüência, várias vezes ao dia. Uma ave doente que não come direito não consegue manter sua temperatura corporal, e então ela fica encorujada, para manter-se aquecida.
Se sua ave se recusa a comer por mais de dois ou três dias, talvez seja necessário forçar a alimentação com papinhas de filhote, como se faz com filhotes alimentados na mão. Se você conseguir alimentar sua ave com uma colher entortada (como se faz para filhotes), preenchendo o papo ao menos parcialmente, não há problemas. Mas se você não consegue isso, é necessário usar sondas para injetar o alimento direto no papo, mas isso requer material e ajuda profissional.

Aumento no apetite

Aumento nos exercícios, queda de temperatura, postura de ovos ou alimentação de filhotes provocam nas aves um aumento da necessidade normal de comida, especialmente calorias e proteínas. Nesses casos, não é necessário se preocupar.
No entanto, um aumento no apetite pode indicar diabetes (os sinais iniciais de diabetes são aumento no consumo de alimento e água, perda de peso e fezes mais líquidas), vermes, giardíase, problemas pancreáticos, intestinais ou hepáticos. Em qualquer caso, se houver sinais de doença, procure um veterinário.

Perda de peso

As aves perdem peso se elas queimam mais calorias do que ingerem, por excesso de exercício, estresse, ou diminuição do apetite. O peso de uma calopsita pode variar, e o que você acha ser baixo peso pode ser normal. Abaixo, há uma tabela com o peso esperado de uma calopsita.
Idade
Calopsitas realmente abaixo do peso são facilmente reconhecíveis, pois perdem gordura e músculos na região peitoral, fazendo com que a quilha se torne muito proeminente. Nesse caso, a perda de peso deve ter causas médicas, como problemas no pâncreas, fígado e intestinos (nesses casos, a comida não é absorvida corretamente), problemas renais, diabetes, giardíase, vermes, coccidioise e mais uma lista imensa.
O que se pode fazer caseiramente é observar se a ave não está gostando da alimentação, ou se um alimento novo não foi bem aceito. Tente aumentar a quantidade de comida, ou troque por algo que ela gosta mais.

Ganho de peso

Uma calopsita obesa pode apresentar muitos problemas de saúde, incluindo dificuldade em respirar, estresse, diabetes, problemas cardíacos e hepáticos. As causas da obesidade podem ser muitas, como ingestão de calorias em excesso, falta de exercícios, hereditariedade, hipertireoidismo, falta de lipase (enzima responsável pela queima de gorduras).
No entanto, muitos problemas que ocorrem na região abdominal e peitoral podem ser confundidos com obesidade. Entre estes, estão tumores benignos, hérnia, ovo preso ou ascite (fluído no abdômen).
Se as hipóteses de problemas de saúde e hormonais estiverem descartadas, o ideal é submeter sua calopsita a uma dieta (redução mínima de 25%) e aumento na atividade física.

Aleijamento

Por definição, uma ave aleijada é aquela que não possui, ou não consegue usar, uma ou as duas pernas. As causas mais comuns são: infecção, dor nos pés, deslocamento, fratura, luxação, torção, queimadura, falta de exercício, pressão do nervo ou vaso que irriga a perna, deficiência nutricional, artrite, poleiros inapropriados, lesões nervosas.
Geralmente, quando as causas não são nervosas, problemas nos membros são causados por poleiros inadequados ou sujos. Poleiros muito pequenos promovem o crescimento das unhas, e essas podem quebrar ou enroscar na perna, causando dor e lesões, inclusive fraturas. Poleiros sujos, enrugados ou molhados podem irritar o pé da ave; nesse caso, lave a região irritada com água morna e passe alguma pomada tópica. Os poleiros devem estar sempre secos e limpos e devem ser de vários tamanhos, para que a ave exercite a musculatura do pé.
Em qualquer caso, ainda mais se você achar que a causa é nervosa ou por lesão, procure ajuda médica.

Alergias

Muitos produtos podem causar alergias em aves. Os sintomas mais comuns são flatulência, inflamação da cloaca ou espirros freqüentes. É muito importante que você tente achar a causa: algum lençol ou cobertor que cobre a gaiola, flores ou plantas, sprays, produtos de limpeza, alguma comida, cigarro ou fumaças em geral são as causas mais comuns.

Inchaços

Geralmente, inchaços ou caroços que surgem nas aves são benignos, e causados por traumas. Por exemplo, se sua ave voar de encontro a algum objeto e bater com força, pode desenvolver um hematoma, que irá desaparecer com o tempo.
Mas há várias outras causas, como abscessos, cistos, gota/artrite, incrustações no bico e olhos (geralmente causados por sarna), depósitos de gordura sob a pele, e até tumores. Os abscessos são inchaços quentes, doloridos, avermelhados e duros ao toque, causados por deposição de pus (em decorrência de alguma infecção bacteriana) e geralmente encontrados embaixo dos olhos, pés e bico. Se não tratados, a infecção pode se espalhar por órgãos vitais, como pulmões, coração, rins e cérebro, através da corrente sanguínea. O ideal é procurar ajuda médica, para administração de antibióticos.

Careca

A mutação lutino é bem conhecida pelo seu defeito genético de gerar calopsitas carecas (algumas mais, outras menos). Mas a perda de penas na cabeça pode ser também devido a outras calopsitas agressivas; nesse caso, a única solução é separar as aves.
Há uma doença séria, denominada PBFDS (do inglês psittacine beak and feather disease syndrome) que promove crescimento anormal de penas (deformadas, enroladas, comprimidas ou unidas) na cabeça e no corpo, além de provocar queda no sistema imune, pneumonia, hepatite e problemas gastrointestinais.

Regurgitação

A regurgitação nada mais é do que a expulsão do conteúdo do papo. As causas mais freqüentes para isso são comportamentos de corte e nidificação, bloqueio do trato digestivo superior, aumento das glândulas tireóides e infecções no papo, envenenamento por metais ou produtos químicos. Mas algumas calopsitas podem regurgitar para um brinquedo, espelho ou para uma pessoa, na tentativa de alimentá-los. Isso é uma profunda demonstração de carinho.
A regurgitação pode ocorrer por um bloqueio no papo, ao engolirem algum objeto que obstrua seu trato digestivo ou pelo consumo excessivo de areia (elas geralmente ingerem pedregulhos para ajudar na digestão, quando estão com alguma indisposição gastrointestinal). Nesse caso, algumas gotas de óleo mineral e massagem no papo ajudam. Outra causa comum é o aumento da tireóide, principalmente se a dieta for pobre em iodo.

Diarréia

É um dos problemas mais comuns nas aves, e podem ser um prenúncio de problemas graves. Um excremento normal consiste em uma mistura de fezes (a parte verde e firme) e urina (constituída da urina em si, liquida, e de uratos, mais consistentes e brancos). A diarréia pode ser causada por problemas no trato digestivo e órgãos associados (pâncreas e fígado) ou urinário, por infecções bacterianas, psitacose, giardíase, candidíase, mudanças na dieta (principalmente pela ingestão de frutas), medicamentos e estresse.
Se a diarréia for isolada, e sua ave estiver alerta, sem mudanças no comportamento, não se preocupe muito. Administre soro caseiro três vezes no dia, para cortar a diarréia, ou dê 2 gotas de pepto-bismol, duas vezes ao dia. Remova frutas e vegetais da dieta por um tempo. Mas se a diarréia perdurar e sua ave apresentar qualquer outro sinal estranho, procure um veterinário com urgência, pois pode ser alguma doença em estado já avançado.

Constipação

Não é um problema comum nas calopsitas. Pode ser causado por ingestão de pedrinhas, objetos estranhos, dietas pobres, má higiene, pressão do reto (por tumores), ovo preso, hérnia ou obstrução da cloaca. O que se pode fazer é limpar a área da cloaca com água morna e sabão, passando algum creme se a área estiver irritada, e ministrar leite de magnésia (4 gotas no bico)

Espirros e secreção nasal

Espirros podem ser causados por irritações passageiras e alergias, mas também podem ser sinais de problemas respiratórios. Nesse caso, podem ser acompanhados de tosse (é possível ouvir clicks vindos da garganta) e inflamação na garganta (mudanças na voz ou canto).
Quando as narinas estão com alguma secreção, as penas acima das narinas ficam amarronzadas. Esse problema pode ser causado por sementes ou algum objeto que entrou nas narinas, irritação causada por aerossóis ou infecções. Uma infecção respiratória tem como sinais secreção nasal e ocular, penas eriçadas, letargia, arrepios e respiração ruidosa ou com dificuldade. As causas mais comuns de infecções são variações grandes de temperatura no ambiente. É proibido deixar sua ave ao lado de aquecedores de ar ou ar-condicionado, ou ainda deixá-la em locais com correntes de ar ou exposta a chuva.
Se o problema é algum objeto nas narinas, tente retirá-lo cuidadosamente com cerdas de escova ou cotonete.

Respiração curta

A respiração rápida e curta pode ser provocada por altas temperaturas; a ave respira de modo ofegante para se refrigerar. Elas também têm esse comportamento quando estão assustadas ou nervosas. Em todos estes casos, basta deixá-la em um local ventilado ou deixá-la se acalmar que sua respiração voltará ao normal.
Mas se sua ave realmente está com dificuldades em inspirar e expirar, pode haver alguma obstrução no peito, pulmão ou vias respiratórias. Por exemplo, um aumento abdominal causado por tumor, peritonite (causada por ovo preso) ou ascite podem impedir a expansão total da caixa torácica. A dificuldade em respirar também pode ser causada por infecções bacterianas ou por fungos e ácaros. Em todos esses casos, o ideal é ter ajuda veterinária.

Problemas no bico

Um bico para um pássaro é imprescindível: é com ele que a ave come, bebe, se defende, sente o mundo, e se movimenta. Um pássaro com bico defeituoso é infeliz e bravo. Além disso, se o problema impossibilitar que ele coma, ele pode morrer.
Há várias doenças que podem afetar o bico, alterando a cor, provocando quebras, crescimento anormal, deformações, lesões e tumores. Deficiências nutricionais (proteínas em falta e vitamina A em excesso) e infecções bacterianas também causam problemas.
Quando uma ave é jovem e fratura o bico superior, o tratamento dá resultados satisfatórios. Você pode envolver o bico com fita adesiva por 3 semanas, período em que ocorre a cicatrização. Se ocorrem quebras mas essas não afetam a alimentação, elas irão ser reparadas com o tempo, e intervenções não são necessárias.

Problemas nos olhos

Os sintomas mais frequentes indicativos de problemas nos olhos são piscadas freqüentes, olhos fechados, vermelhidão, inchaço e secreção. Esses sintomas podem ser causados por infecções bacterianas, vírus, fungos e ácaros, deficiência de vitamina A, irritações (causadas por aerossóis, batidas ou briga com outra ave), psitacose, infecção nos sinos nasais ou abscessos.
Se houver alguma secreção, limpe com colírio oftalmológico, ácido bórico oftalmológico ou soro fisiológico. Evite produtos que possam causar irritação. Mantenha longe de luz intensa, que pode irritar mais ainda.

Auto-mutilação (arrancamento de penas)

Uma ave saudável limpa constantemente suas penas, aplicando óleo (proveniente de uma glândula interna) e removendo canutilhos que envolvem as penas novas. O fato de arrancar penas pode ter muitas causas: doenças internas, má-nutrição, problemas nervosos ou hormonais, aborrecimento, infecção nos folículos das penas, parasitas, vírus ou excesso de zelo da mãe ou companheiro ao limpar as penas dos filhotes/companheiro.
Descobrir a causa exata para esse problema é tarefa árdua. Se, após um checkup médico completo, verificar-se que a causa não é médica, e sim comportamental, você deve avaliar alguns aspectos, na tentativa de inibir esse hábito nas aves.
O 1º ponto a verificar é o local da gaiola. Esta deve estar em local sem muito trânsito, encostada a alguma parede, e sem outros animais que possam incomodar ao redor. Um pássaro super-estimulado não é capaz de relaxar. Para que ele tenha maior sensação de segurança, a gaiola não deve estar em frente a janelas, corredores ou no centro do ambiente.
Outro ponto a se considerar é sono. As aves devem ter 10-12 horas de sono contínuo, em local quieto e escuro. Sem isso, elas ficam ansiosas e nervosas.
Exercício é vital para a saúde de uma ave. Faça-a bater as asas, subir e descer escadas ou a gaiola, escalar poleiros e andar no chão.
Banho também é muito importante, e aves com esse problema devem fazê-lo diariamente. É fato que aves não arrancam penas molhadas; mas só as mantenha úmidas se o ambiente for quente a ponto de permitir isso. O hábito de arrancar e mastigar penas pode ser decorrência de pele seca, má-condição das penas ou maus hábitos de limpeza da ave, e esses fatores podem ser contornados com banhos diários, que irão estimular a ave a se limpar.
Brinquedos também ajudam, uma vez que se seu pássaro estiver entretido com um, ele não estará arrancando as penas. Alguns brinquedos, inclusive, são ideais para esse problema, imitando a textura e aparência das penas.
Poleiros inadequados, muito grandes ou muito pequenos, também geram insegurança na ave.
Um último ponto a ser lembrado é não recompensar o ato de arrancar penas. Se a ave arranca uma pena e você responde de algum modo (não importa se o que você diz é positivo ou negativo), ela associará o hábito com chamar atenção, e isso só irá piorar o problema. O ideal é desviar a atenção para uma comida, brinquedo ou qualquer outra coisa. Você deve interagir com sua ave, mas nunca quando ele estiver se mutilando. Também é importante perceber em qual momento a ave mais arranca penas: de manha ou à noite, na sua ausência ou na sua presença, se fica nervoso perto de algo ou alguém.

Berros

As calopsitas costumam vocalizar ao nascer do dia e ao anoitecer, para chamar a atenção, para cumprimentar alguém, ou para demonstrar algum sentimento, como descontentamento. Se os berros de sua ave incomodam, tente mantê-la perto de você, ofereça atenção e brinquedos ou alimento. Os psitacídeos em geral não gostam de isolamento.

Agressão e bicadas

Bicar é um comportamento natural no ambiente selvagem. Os pássaros usam o bico para se alimentar, limpar, escalar, se defender, sobreviver, manter o controle no bando. Quando um psitacídeo bica, é em resposta a três comportamentos diferentes: medo, territorialismo ou por razões sexuais.
É fácil identificar um pássaro amedrontado: ele grita, silva, fica arrepiado, tenta se esconder em algum canto da gaiola e fica com as penas eriçadas. Geralmente, uma ave responde desse modo a mudanças no ambientes, a movimentos repentinos, barulhos altos, portas batendo, crianças berrando, trovões. Uma ave também pode bicar se perder a confiança em você, achar que você representa perigo de alguma forma. Pássaros capturados, importados ou mantidos em quarentena são extremamente estressados, e geralmente apresentam problemas psicológicos, sendo muito defensivos.
O territorialismo em animais de estimação é expresso pela defesa da sua gaiola, brinquedos e comida.se sua calopsita não quiser ter seu território invadido, ela irá bicar. Ela pode considerar sua mão um predador em potencial, e irá bicar dedos e mão.
Mudanças hormonais também afetam o comportamento de sua calopsita. Chega uma fase em que sua calopsita quer acasalar e se reproduzir; se isso não ocorre, ela se sente frustrada e acaba bicando. Mas esse comportamento é passageiro. Se, no entanto, sua ave escolher um humano como parceiro, ela ficará possessiva, bicando qualquer um que chegue perto. O pior ocorre quando sua calopsita escolhe você como parceiro e você não corresponde; nesse caso, ela irá te bicar.
Mesmo sendo difícil, há algumas coisas que podem ser feitas para diminuir ou parar com as bicadas, uma vez identificada a causa. Em 1º: ignore o comportamento negativo, mesmo que a bicada doa (e muito), e reforce o comportamento desejável, com afagos e elogios. Se cada vez que a ave bicar você responder de algum modo (berrar com a ave, retirar a mão bicada, bater no bico, soprar a face ou empurrar a ave), isso só irá reforçar o comportamento negativo. Em 2º, não permita que sua ave empoleire acima de você; isso faz com que se sinta dominante; permita apenas que ela se empoleire no nível do seu peito. Em 3º, mantenha as asas cortadas: isso o faz se sentir mais dependente.

Descoordenação

Abaixo, estão alguns sinais que, se sua ave apresentar, deve ser levada ao veterinário imediatamente. Geralmente há tratamento, mas que necessita de acompanhamento.

  • Cabeça inclinada: as causas mais comuns são traumas na cabeça (por exemplo, batidas durante o vôo), envenenamento por metal pesado (chumbo), infecções (no ouvido interno ou generalizadas) e tumores.
  • Descoordenação: infecções, toxinas, tumores e deficiências vitamínicas fazem com que sua ave fique cambaleante.
  • Fraqueza: se sua ave não consegue se manter no poleiro, pode ser sinal de infecção generalizada, nutrição deficiente (falta vitamina E ou selênio), fraturas, danos nervosos, artrite, falta de cálcio no sangue ou tumores.
  • Paralisia das pernas: tumores abdominais, infecções, traumas, nutrição deficiente (falta vitamina E ou selênio), ovo preso ou danos nervosos.
  • Convulsões: podem ser causadas por envenenamento, deficiência nutricional, epilepsia ou doença infecciosa.
Sangramento
    Lave a área com peróxido de hidrogênio 3% e aplique pó anti-hemorrágico (como amido de milho, farinha ou algum comprado na farmácia). Se necessário, cubra o ferimento com gaze e segure firme por 2 minutos. Se o corte for nos pés ou pernas, aplique pomada antibiótica. Se o corte é no corpo, cubra com gaze ou band-aid.
    Se, no entanto, o sangramento é em decorrência de uma pena em crescimento (que possui irrigação sanguínea) que quebrou ou foi cortada erroneamente, o ideal é arrancar a pena. Só assim o folículo irá fechar e parar o sangramento. Para arrancar, uma pessoa deve segurar com cuidado a ave, enquanto uma outra arranca a pena na base, com uso de um alicate pequeno (pinça não serve!). Em seguida, aplique algum pó anti-hemorrágico com cotonete diretamente no folículo e pressione com uma gaze, até parar o sangramento.
      Piolho
        O remédio mais eficiente e menos tóxico ainda é o Kill Red (importado), mas se for pouco piolho poder lavar ele em água com vinagre que funciona bem. É uma colher de sopa de vinagre para um litro de água. Vaporizar por 4 dias (cuidado com os olhos pois arde). Pode ser usado também o Piolhaves, porem sua aplicaçao eh perigosa, deve-se cubrir a cabeça da ave com uma toalha e usar luvas e mascaras.
          Vermífugo
            Vermifugar as aves antes delas começarem a criar, colocar Mebendazole na água por 3 a 5 dias. A vermifugação é feita pelo menos uma vez ao ano e sempre entre o período do término da muda das penas e início da temporada de procriação. Vermífugo (Mebendazole - Avitrin) só depois dos 5 meses.
              Ovo preso
                Ovo preso é a inabilidade de uma fêmea em expelir o ovo pela cloaca. As causas mais comuns para esse problema são: fêmea muito jovem tentando botar seu primeiro ovo, falta de cálcio na dieta, falta de vitaminas e minerais, obesidade, disfunção do trato reprodutivo, excesso de reprodução. As deficiências nutricionais podem fazer com que a ave produza ovos com a camada externa menos dura e maior que o normal, ou ovos de formatos anormais. A camada externa macia faz com que os músculos do ovário e da cloaca não consigam empurrar o ovo adiante. Além disso, os músculos dessa região também podem estar fracos, por falta de uma dieta adequada, não conseguindo contrair de modo eficaz e expelir o ovo.
                Os sintomas de um quadro de ovo preso são: pássaro sentado no chão da gaiola, sentado sobre a cauda, com as pernas estendidas, rabo batendo direto, distensão abdominal, esforço continuado, respiração difícil, falta de fezes e penas eriçadas. O ovo preso também pode afetar os nervos que controlam a musculatura da perna, impossibilitando que a ave fique empoleirada. Em razão de esforço prolongado, a ave também fica fraca, exausta e pode até entrar em choque.
                O tratamento nesses casos requer ajuda médica, que em primeiro irá recorrer a técnicas não-cirúrgicas (como injeção de cálcio e hormônio diretamente no fêmur, promovendo contração muscular) ou a retirada do ovo sem necessidade de cirurgia.
                É importante você NUNCA tentar retirar ou quebrar o ovo, pois isso pode ser fatal. O que você pode fazer de imediato é passar óleo mineral na cloaca e colocar a ave em um local quente (90 F) e úmido (umidade 60%), como por exemplo banheiro com chuveiro ligado. Isso ajuda os músculos a relaxarem e empurrar o ovo. Mas, se isso não acontecer em meia hora, corra para o veterinário.

                Envenenamento

                Se a ave ingerir ácidos, bases ou produtos a base de petróleo, faça-a beber leite misturado com pepto-bismol, clara de ovo ou azeite. NÃO provoque vômito. Se o envenenamento for por qualquer outro agente, provoque vômito (misture água e mostarda e coloque diretamente na garganta).

                Queimaduras

                Borrife com água gelada duas vezes ao dia, passando alguma pomada ou pasta para assaduras. Se a queimadura for por gordura quente, passe farinha ou amido de milho antes de enxaguar com água.

                Choque por calor

                Borrife as penas com água gelada e coloque os pés em água gelada. Coloque em um local fresco e arejado. Mas tome cuidado para evitar que a ave se resfrie.