terça-feira, 30 de março de 2010

Reprodução

A sexagem de algumas espécies de psitacídeos é complicada pois estes não apresentam dimorfismo sexual, ou seja, macho e fêmea possuem a mesma aparência. Nesse caso deve-se recorrer a métodos científicos como a cariotipagem ou a laparoscopia que são feitos por veterinários especializados e evitam muita perda de tempo.
A maioria das espécies de psitacídeos tem tendência à monogamia, só acasalando novamente quando da morte ou afastamento total do parceiro (visual e auditivo). O maior índice de promiscuidade é do periquito australiano onde o macho chega a acasalar com três ou quatro fêmeas e troca de fêmea facilmente, assim como a fêmea aceita gala de mais de um macho.
O comportamento reprodutivo varia de espécie para espécie, assim como o número de ovos e o tempo de incubação, mas em geral, são todos bons criadores revezando (macho e fêmea ) tanto no choco quanto na alimentação dos filhotes.
O acasalamento deve ser feito entre aves em perfeitas condições de saúde e não obesas para evitar muitos problemas e muita perda de tempo. Após o acasalamento, o casal vai cuidar de preparar o ninho e só após a confecção do mesmo é que ocorrerá a gala e o início da postura que ocorrerá frequentemente no período da manhã, período este em que deve-se evitar mexer nos ninhos (até 10:00h).
Terminada a postura, na maioria das espécies, o casal vai se revezar no choco e a mesma atitude se dá quando da alimentação dos filhotes até o seu "desmame " definitivo.
O anelamento dos filhotes deve ser feito cuidadosamente por volta do oitavo dia de vida e os mesmos devem ser observados nos dias subsequentes para evitar mortes por mutilação ou rejeição da mãe.
Após saírem do ninho, os filhotes ainda serão alimentados pelo pai por alguns dias enquanto a fêmea prepara nova postura; nessa hora deve-se fazer a limpeza do ninho. Se a postura começar antes dos filhotes deixarem o ninho, pode-se retirá-los e colocá-los no fundo da gaiola onde serão alimentados pelo pai ou, se estiverem muito pequenos, poderão ser transferidos para outro ninho com filhotes da mesma idade. Após estarem comendo sozinhos, devem ser separados dos pais e colocados em gaiolas ou viveiros que lhes permitam voar e desenvolver-se à vontade.